A hipertensão arterial (HTA) trata-se de uma doença que atingiu proporções de epidemia nos adultos do mundo industrializado, está associada ao aumento do risco de desenvolvimento de numerosas doenças e constitui um dos principais factores de morbi-mortalidade como também pela maneira silenciosa como se manifesta (Paschool, 2004).

A hipertensão é a força exercida pelo sangue que circula nas paredes dos vasos do coração e das circulações sistémica e pulmonar, em que há o bombeamento do sangue através dos vasos sanguíneos com pressão superior à normal (CIPE/ICNP, 2003).(Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem).

A hipertensão arterial é a doença cardiovascular que afecta o maior número de pessoas a nível mundial e a principal causa de morte e incapacidade em Portugal, verificando-se que um em cada quatro adultos é hipertenso (Gouveia, 2000).

No que se refere à definição de doenças crónicas, esta não é unívoca, mas de um modo geral aceita-se que, são doenças sem cura ou de tratamento muito prolongado que impõem ao sujeito doente mudanças importantes no estilo de vida de modo a poder conviver diariamente, minuto a minuto, com a doença mantendo uma qualidade de vida elevada (Ribeiro, 2003).

É uma doença crónica, não transmissível, de natureza multifactorial, assintomática (na grande maioria dos casos) que compromete fundamentalmente o equilíbrio dos mecanismos vasodilatadores e vasoconstritores, levando a um aumento da tensão sanguínea nos vasos, capaz de comprometer a irrigação dos tecidos e provocar danos aos órgãos por eles irrigados. (Giovanni Novaes)

Designam-se de hipertensão arterial todas as situações em que se verificam valores de tensão arterial aumentados. Para esta caracterização, consideram-se valores de tensão arterial sistólica superiores ou iguais a 140 mm Hg (milímetros de mercúrio) e/ou valores de tensão arterial diastólica superiores a 90 mm Hg.

Com frequência, apenas um dos valores surge alterado. Quando os valores da “máxima” estão alterados, diz-se que o doente sofre de hipertensão arterial sistólica; quando apenas os valores da “mínima” se encontram elevados, o doente sofre de hipertensão arterial diastólica. A primeira é mais frequente em idades avançadas. (Portal da Saúde, 2006)